25/01/2008

Terror e terrorismos

" O 4º número da Comunicação & Cultura dedica o tema de fundo ao fenómeno do terrorismo internacional. Os vários textos analisam a evolução do fenómeno numa sociedade capitalista e como o terrorismo global ocupou " um lugar importante no sistema de poder planetário: o do inimigo. " A revista patrocinada pela Universidade Católica e pelo Centro de Estudos de Comunicação e Cultura tem artigos de Susan Santog, Carlos Gaspar, José Augusto Mourão e Isabel Capeloa Gil."
In Revista Sábado, edição nº 195, suplemento 1ª
escolha só o melhor, pág. 4


Uma sugestão para levar em conta pois, Portugal está em pânico, assolado de medo devido à ameaça terrorista. Até agora a única bomba foi mesmo a notícia. Pessoal, em verdade vos anuncio que não acredito que o nosso país seja uma potencial escolha pra perpetar um atentado terrorista. A razão apontada tem a ver com os nossos soldados no Afeganistão, parece-me pouco, apesar de estes senhores agirem por convicções religiosas sustentados em fanatismo, assim mesmo, não creio de todo que, a razão apontada seja motivo para uns tipos de turbante ou não rebentarem umas bombas com eles mesmo incluídos ou não, num qualquer espaço no nosso pequeno e pobre país. Um outro facto que me faz pensar e até rir é que hoje em dia qualquer pessoa está proibida de se esquecer de qualquer tipo de volume dentro de um transporte público, num átrio de acesso a estes mesmos ou até mesmo num banco de jardim. Imediatamente é instalado o caos e são chamados os agentes especializados de Minas e Armadilhas equipados com os aparelhos próprios para detonarem o tal volume. Ora se alguém se apercebe que perdeu algo e se dirige ao gabinete de perdidos e achados a pessoa do outro lado do guichet diz : "preencha este formulário mas digo-lhe que possivelmente o que procura já foi detonado," por favor, descam à terra, não vamos também agora ficar paranóicos com tudo, creio que o país enfrenta graves problemas e são com esses que temos de nos preocupar.
Até breve. Maria Fonseca

23/01/2008

sentença de vida

É a primeira vez que escrevo num blog, algumas pessoas amigas já me tinham convidado mas tinha recusado, mas agora deu-me a súbita vontade de escrever. Quem me conhece sabe que não sou apaixonada por por tv, também não sou radical ao ponto de me recusar a ligar o aparelho mas sou, digamos muito selectiva no que vejo, gosto essencialmente de programas de informação que envolvam debates sobre variados temas, acho sinceramente que nos enriquecemos a nível de cultura geral e aprendemos a desmistificar sentimentos e emoções. É precisamente sobre uma reportagem que foi transmitida pela sic no dia 17/1/2008, precedida por um debate que dei por mim a ficar "colada" ao ecrã. A reportagem intitulava-se "sentença de vida", e tratava da história de uma menina de seu nome Matilde que conta nesta data com 11 anos. Até aqui tudo normal exceptuando o facto de esta menina ter tido uma vida normal até ao dia 23/11/2005 quando sofreu um AVC, ficando num estado vegetativo persistente, A sua mãe Alexandra sofre com as ambivalências dos seus sentimentos, por um lado não consegue viver sem a Matilde, por outro tem muita vontade de dizer à equipa médica da Matilde que não a reanimem se a menina tiver outra crise, ora como todos bem sabemos os médicos têm que respeitar a ética e a deontologia das suas profissões e exercem as suas profissões para salvar vidas, mas vidas que viverão em que condições? Com que dignidade? E reparem que não vos falo de todo de eutanásia, porque como muito bem diz a mãe da Matilde uma coisa é dizer não reanimem e outra é dizer acabem. Alexandra é acusada por pessoas ignorantes de não querer ter trabalho com a filha e só por isso ter este tipo de sentimento, mas será que ninguém percebe que se a Matilde fosse uma criança normal, esta senhora teria muito mais trabalho! Alexandra diz também que a vítima é sem dúvida a Matilde, porque foi esta criança que perdeu tudo, esta criança não fala, não vê , não sente, não cheira, não ouve, não brinca , não chora, não tem crises de amuo como qualquer outra criança, não ri, a Matilde não vive, a matilde sobrevive. Quem terá o poder de julgar esta mãe? Quem terá o poder de decisão de vidas que não são vidas? Este não é um assunto fácil, é complexo, contranatura até, mas se por algum momento a Matilde pudesse decidir, que pensam vocês que ela decidiria?

Até breve